Mariana Loureiro protagoniza o solo Sonhos Roubados, que estreia no Sesc Ipiranga no dia 25 de outubro
Com direção de Zé Pereira e Luiza Magalhães, peça convida espectador a acompanhar quase como um Voyer uma mulher confinada em um apartamento e sufocada pela experiência de um relacionamento abusivo
Uma mulher solitária assombrada por um relacionamento abusivo é vivida por Mariana Loureiro no solo Sonhos Roubados, com dramaturgia de Zé Pereira, em colaboração com a própria atriz. O espetáculo estreia no projeto Teatro Mínimo, do Sesc Ipiranga, no dia 25 de outubro, e segue em cartaz no auditório da unidade até 7 de novembro, com apresentações às sextas-feiras, às 21h30; e aos sábados e domingos, às 18h30.
Com direção de Zé Pereira e Luiza Magalhães, a peça narra o drama de uma mulher que espera seu amante, isolada em seu apartamento por muito tempo. Enquanto aguarda, ela observa seus vizinhos pela janela – e passa a inventar e encenar suas histórias no espaço do seu confinamento, vivenciando situações de solidão e violência, mas também de erotismo, sarcasmo e humor ácido. Nessas histórias ela vai encontrar fragmentos de si própria, iluminando também territórios ocultos do relacionamento abusivo em que ela se descobre.
Enquanto vive essa espera quase interminável, a mulher procura resgatar sua identidade, sufocada pela experiência desse homem abusivo e manipulador. Mas esta não é apenas uma história de amor. Nesse jogo de espelhos com os vizinhos, ela começa também a refletir sobre os papéis da mulher em nossa sociedade, percebendo que não é só o relacionamento que a aprisiona, mas também as estruturas, as expectativas, as culpas e os medos que a acompanham. Afinal, o que é ser mulher?
Incorporando as histórias dos vizinhos, a personagem busca se desvencilhar das máscaras que veste como defesa ou fuga, abrindo mão dos modelos copiados, dos sonhos roubados como se fossem dela própria. Em sua jornada de descoberta, ela irá antes se perder em um caldeirão que mistura realidade e fantasia, desconstruindo tudo que ela é, ou pensa que é.
“É nesse terreno delicado que se estabelece o drama desses Sonhos Roubados, para o qual convidamos o espectador a espiar essa mulher como pelo buraco de uma fechadura. Mas quem está observando quem? Talvez nós mesmos estejamos vivendo também sonhos roubados”, indaga a atriz Mariana Loureiro.
O foco da encenação é explorar o trabalho da atriz e a atmosfera onírica na composição desses diversos “personagens dentro da personagem” e a relação com o público, que se torna uma espécie de voyeur, como se também ele estivesse observando essa mulher sem ser notado.
De acordo com o diretor Zé Pereira, Sonhos Roubados é uma peça de muitas vozes e camadas. Sem uma marcação clara de onde começa ou termina cada camada, o espetáculo nos convida a experimentar a confusão mental da personagem e a embarcar em uma atmosfera de sonho e delírio.
“Existe uma primeira camada, mais imediata, que mostra a rotina da personagem em seu isolamento. A esta se sobrepõe uma segunda, da história desse romance abusivo; e a esta uma terceira, com as histórias dos vizinhos, espiadas ou inventadas. E sobre estas se revela uma outra, quase imperceptível, com os comentários e reflexões da própria atriz”, revela o encenador.
Luz, som e projeções serão usadas para evocar lembranças e delimitar mudanças e passagens, mas o foco da encenação está na interpretação e nas transformações corporais da atriz, às vezes recorrendo ao naturalismo, às vezes flertando com o grotesco. “Ainda que o tom principal da peça seja dramático, a encenação explora a riqueza do jogo proposto pelo texto, permitindo momentos de humor, erotismo e absurdo”, acrescenta Pereira.
Sinopse
Sonhos Roubados é a história de uma mulher que espera seu amante, isolada em seu apartamento por muito tempo. Enquanto aguarda, ela observa seus vizinhos pela janela – e passa a inventar e encenar suas histórias no espaço do seu confinamento, vivenciando situações de solidão e violência, mas também de erotismo, sarcasmo e humor ácido. Nessas histórias ela vai encontrar fragmentos de si própria, iluminando também territórios ocultos do relacionamento abusivo em que ela se descobre.
Ficha Técnica
Idealização: Zé Pereira e Mariana Loureiro
Direção: Zé Pereira e Luiza Magalhães
Elenco: Mariana Loureiro
Dramaturgia: Zé Pereira com colaboração de Mariana Loureiro
Direção de movimento: Luiza Magalhães
Cenografia e Figurino: Camila Bueno
Iluminação: Felipe Stucchi
Som: Bruno Fernandes
Fotos de divulgação: Mia Shimon
Vídeos e projeção: Everson Verdião
Produção: Cotiara Produtora – Ana Elisa Mello e Samya Enes
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Serviço
Sonhos Roubados, de Zé Pereira e Mariana Loureiro
Temporada: 25 de outubro a 17 de novembro de 2024 (exceto dia 27/10)
Às sextas-feiras, 21h30; e aos sábados e domingos, 18h30. Feriado do dia 15/11, às 18h30
Sesc Ipiranga – Auditório – Rua Bom Pastor, 822 – Ipiranga, São Paulo
Ingressos: R$ 50 (inteira), R$25 (meia-entrada) e R$12 (credencial plena)
Vendas online em sescsp.org.br
Classificação: 18 anos
Duração: 60 minutos
Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida
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DOUGLAS DE PAULA PICCHETTI
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