Entre os dias 23 e 27 de outubro, em Maizières-lès-Metz, na França, será realizado o Mundial de Parkinson. Uma verdadeira celebração à vida através do esporte. E o Brasil terá um representante neste evento que vai ara sua 4ª edição, reunindo atletas determinados a jogar tênis de mesa e trocar experiências.
João Mendes de Oliveira Júnior será o atleta brasileiro no Mundial de Parkinson, torneio para todos aqueles que lutam contra uma doença sem cura e degenerativa, mas que se apoiam no tênis de mesa para colher os benefícios para a saúde, promovendo uma melhora na qualidade de vida.
Aliás, o evento também é uma grande oportunidade para uma maior conscientização de todos e uma forma de oferecer um espaço para que as pessoas diagnosticadas com Parkinson e suas famílias troquem ideias e experiências. É o impacto social, mental e físico através do tênis de mesa.
Presidente da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) e Vice-Presidente da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), Alaor Azevedo também é o responsável pela área da Saúde da federação e está presente no Mundial de Parkinson. “Fico muito motivado e, ao mesmo tempo, impressionado como a prática do tênis de mesa melhora vários sintomas do Parkinson, principalmente os motores. E também retarda a perda cognitiva dos praticantes”, comentou Alaor Azevedo.
Em paralelo à competição, também será realizado um congresso, de 25 a 26. Cientistas e pesquisadores irão compartilhar conhecimentos sobre como o tênis de mesa pode ser usado como uma ferramenta para melhorar o bem-estar. Também criará oportunidades para que as pessoas se conectem e troquem suas experiências no gerenciamento de doenças neurodegenerativas na vida cotidiana.
“O Congresso trará vários cientistas que estudam estes impactos do tênis de mesa sobre três enfermidades: Parkinson, Alzheimer e Esclerose Múltipla. Esperamos muitas novidades”, finalizou Alaor Azevedo.
O torneio é muito mais uma forma de promover a união dos competidores, bem como seus acompanhantes e parentes. Mas há um torneio em disputa e, para que todos possam competir em condições similares, a ITTF (Federação Internacional de Tênis de Mesa) ajustou e criou três classes.
Classe 1: aquele com mais opções de movimento e menos avanço da doença de Parkinson, além de mais habilidades no tênis de mesa.
Classe 2: aquele com uma gama média de movimentos, Mal de Parkinson e habilidades no tênis de mesa.
Classe 3: aquele com movimentos mais limitados e maior avanço da doença de Parkinson, com menos habilidades no tênis de mesa.
E há também critérios usados para a classificação dentro de cada uma das classes: idade, ano que convive com a doença de Parkinson, o estágio da doença e o nível dentro do tênis de mesa.
A definição de classes e critérios permite que todos os competidores possam participar de jogos disputados e o público também possa se emocionar e se divertir. O único atleta brasileiro, por exemplo, vai competir na classe 3. João Mendes de Oliveira Júnior tem 62 anos, convive com o Parkinson há quatro anos, sua doença está no estágio 2 e ele tem habilidades intermediárias no esporte.
No total, são 116 competidores, entre homens e mulheres, com mais de 15 países participantes, todos jogando tênis de mesa e contra o Parkinson. Esta será a 4ª edição do torneio, que teve sua estreia nos Estados Unidos em 2019. Depois veio a edição na Alemanha em 2021 e a da Grécia em 2022.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
CARLOS ALESSANDRO REGO DA SILVA
carlos@esporteenegocio.com.br