“Diadorim” é um solo teatral da atriz Vera Zimmermann livremente inspirado na obra de Guimarães Rosa, realizado em conjunto pela escritora e dramaturga Marcia Zanelatto com o diretor Guilherme Leme Garcia, nesta sexta parceria artística dos dois, acompanhados dos profissionais que formam o Coletivo Criativo.
As apresentações fazem parte do Festival Arena B3, que desde maio recebe uma série de shows, espetáculos teatrais, infantis e musicais a preços populares no Centro de São Paulo.
Emblemática e complexa personagem de Grande Sertão: Veredas, Diadorim antecipa questões contemporâneas. Vista como um jagunço diferente dos outros não só por sua beleza, mas também por certos comportamentos que surpreendiam Riobaldo (personagem-narrador da obra de Rosa), Diadorim pode apontar na direção do usufruto poderoso e livre dessas extremidades, masculino e feminino, bem como de todo o percurso entre elas.
“O mundo binário não precisa mais ser tratado como condição ou mesmo como obrigação pela escolha de um lado. Diadorim faz caminhos para poder existir e faz uso da virilidade feminina para afirmar o seu pertencimento”, acrescenta Zanelatto.
“Atualmente, o cenário é distinto, se antes, entre mil estudos sobre o romance, nenhum tratava de forma exclusiva e aprofundada à personagem de Diadorim, o banco de teses da CAPES, revelou no ano de 2019 mais de 70 estudos sobre a personagem, a maior parte deles na área de Letras. E o teatro não pode ficar de fora”, diz Guilherme Leme Garcia.
Em todas as descrições de Riobaldo, Diadorim é um jagunço corajoso ou bravo guerreiro ou ainda “um menino bonito, claro, com a testa alta e os olhos aos-grandes, verdes” (ROSA, 2001, p. 118).
O que está em jogo neste trabalho é o que Diadorim diz a toda mulher que deseja para si a performance e os atributos que ainda hoje são entendidos como masculinos? O que revela Diadorim a respeito do que as mulheres precisam fazer até hoje para ocupar seus lugares no sistema patriarcal e viver plenamente suas potências no mundo? Em Diadorim, o que estará em jogo será ser homem ou mulher ou a plena fruição de uma existência única, que rompe com o gênero compulsório?
Com essas perguntas Marcia Zanelatto, Guilherme Leme Garcia e o Coletivo Criativo se aprofundam no clássico de Guimarães Rosa, e apontam para uma Diadorim talvez ainda mais monumental.
Sinopse
Espetáculo livremente inspirado em Diadorim, personagem emblemática de Grande Sertão: Veredas, que pretende dar vazão a questões contemporâneas de sua existência ficcional refletindo sobre as possibilidade da mulher.
Ficha Técnica:
Projeto desenvolvido em processo colaborativo pelo Coletivo Criativo.
Livremente inspirado na obra Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa
Dramaturgia / Texto Original – Marcia Zanelatto
Atriz – Vera Zimmermann
Direção – Guilherme Leme Garcia
Assistente de Direção – Sofia Papo
Instalação Cênica Bia Junqueira
Figurino – João Pimenta
Ambientes de Luz – Mirella Brandi
Música e Desenho de Som – Dino Vicente
Videografia e Projeções – Roger Velloso
Dias 19 e 20 de outubro, às 15h e 18h.
Arena B3
Praça Antônio Prado, 48 – Centro Histórico de São Paulo, São Paulo – SP
Vendas presenciais: R$20(meia) – R$40(Inteira)
Lotação presencial: 160 lugares
Classificação: Livre
Duração: 60 minutos
Sobre a Arena B3 e o Festival Arena B3
Inaugurada por Roberto Menescal, a Arena B3 fica localizada na Praça Antônio Prado, em um dos prédios centenários da bolsa, ocupando o espaço que no passado abrigou os famosos pregões viva-voz da Bolsa de Valores.
A seleção das atrações é feita pela Arte&Atitude e pela Aventura, produtora responsável pela EcoVilla Ri Happy, Teatro Riachuelo Rio, Teatro Adolpho Bloch e de grandes espetáculos musicais, como ‘A Noviça Rebelde’, ‘Elis, o Musical’, ‘Mamma Mia!’, ‘O Jovem Frankenstein’, que estiveram recentemente em cartaz, entre muitos outros. A iniciativa conta com o patrocínio da B3.
Sobre a B3
A B3, a bolsa do Brasil, tem o compromisso de apoiar a democratização do acesso à cultura, por meio de parcerias e patrocínios que facilitem o acesso da sociedade a esses espaços. Em 2023, a bolsa do Brasil apoiou 25 projetos, e possibilitou que mais de 95 mil pessoas acessassem os 7 museus patrocinados por meio do oferecimento também de dias de gratuidade. Dentre as instituições apoiadas estão o MASP, a Pinacoteca de São Paulo, o MIS, o Museu Judaico e MUB3, na capital paulista, o Instituto Inhotim, localizado em Minas Gerais, e o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Além das gratuidades, a bolsa do Brasil patrocina ainda uma série de iniciativas culturais, como musicais, eventos e exposições.
Sobre a Aventura
Fundada em 2008, e liderada por Aniela Jordan, diretora artística e produção e geral, e por Luiz Calainho, diretor de marketing e negócios, a Aventura é referência na produção de espetáculos de altíssima qualidade, que tornou o mercado de teatro musical um dos principais segmentos da economia criativa no Brasil. A empresa se estabeleceu como uma grande aliada da multiplicidade artística, fundamental para o desenvolvimento social, econômico e cultural. A sua missão é transformar grandes ideias em realidade, criando fortes conexões entre marcas e projetos. São mais de 40 produções, de espetáculos inéditos e de versões da Broadway, como “Elis, a musical”, “A Noviça Rebelde”, “Sete”, “O Mágico de Oz”, “SamBRA”, “Chacrinha, o musical”, “Romeu & Julieta, ao som de Marisa Monte”, “Merlin e Arthur, um sonho de liberdade” e o infantil “Zaquim”. Em 2022, a produtora inovou com o primeiro musical em formato de série do país, o “Vozes Negras – A Força do Canto Feminino”, e com o musical “Seu Neyla”, apresentado em dois palcos com o uso da internet para criar uma experiência diferenciada no espectador, além de estrear uma parceria com a Disney – Pixar com o espetáculo “Pixar in Concert”. Com o objetivo de democratizar o acesso à cultura, criou a Cia Stone de Teatro, projeto de teatro itinerante no interior do Brasil e é a responsável pela produção da Cia de Ballet Dallal Achcar. Ao todo, foram mais de 3,8 mil apresentações e cerca de 4,5 milhões de espectadores, mais de 16 mil empregos diretos e indiretos gerados, números que não param de crescer.
Sobre a Arte & Atitude
A Arte e Atitude é uma empresa especializada na viabilização de projetos via leis de incentivo fiscal, quer na elaboração, captação de recursos, produção e desenvolvimento de programas continuados de marketing relacionado a causas – cultura, esporte, meio ambiente, educação e responsabilidade social.
Fundada em 2006 e liderada por Monique Mendonça, bacharel em português italiano e alemão pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciência Humanas da Universidade de São Paulo, a direção da empresa e a equipe multidisciplinar da Arte & Atitude trabalham para fomentar cultura, excelência artística, formação de plateia, democratização do acesso, inclusão social, empreendedorismo e geração de renda nas cinco regiões brasileiras.
Serviço Festival Arena B3
Arena B3
Local: Praça Antônio Prado, 48 – Centro Histórico de São Paulo, São Paulo – SP
Quando: A partir de 17 de maio
Preço: R$20 (meia-entrada) e R$40
Lotação: 150 lugares
Próximas atrações:
26 e 27 de outubro – Felipe Kot (stand up)
Sábado e domingo, às 15h e 18h.
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PEDRO HENRIQUE VIEIRA SAMPAIO NEVES
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