O Novembro Azul reforça a importância da prevenção ao câncer de próstata. Porém, a campanha esse ano ganha um novo aliado, que são as atividades físicas. Homens com melhor condicionamento físico têm 35% menos chances de desenvolver a doença, em comparação ao grupo que não pratica as atividades.
A conclusão vem de estudo feito com 58 mil homens, na Suécia. Os dados foram divulgados pela coordenadora do estudo, Kate Bolam, e publicados no British Journal of Sports Medicine.
O câncer de próstata é uma preocupação em saúde para homens, principalmente aquelas que têm mais de 50 anos. Além da consulta ao médico com regularidade e da prática regular de atividades físicas, outro fator preventivo fundamental é adotar uma alimentação equilibrada ao longo da vida.
O médico urologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Charles Kelson Aquino, afirma que diagnósticos e intervenções precoces são essenciais. Nos estágios iniciais, é raro que os pacientes apresentem sintomas. Alguns sinais tendem a aparecer quando a doença já está mais avançada.
Alterações no ato de urinar é uma delas. “Os indícios urinários mais comuns incluem diminuição da força do jato, dificuldade para começar ou terminar de urinar, idas frequentes ao banheiro, sobretudo durante a noite, além de dor e sangue na urina”, orienta.
Quando antecipar o monitoramento
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que todos os homens comecem a fazer exames preventivos a partir dos 50 anos. Porém, há casos em que a antecipação é uma boa alternativa, segundo Aquino. “Pessoas negras ou com histórico familiar de câncer de próstata devem começar o rastreio aos 45 anos. Detectar a doença em suas fases iniciais aumenta as chances de tratamento bem-sucedido”, afirma.
O monitoramento inclui consultas médicas e exames específicos. “Os principais incluem exame de toque, análise sanguínea para verificar o nível do PSA (antígeno prostático específico), ultrassonografia prostática e ressonância magnética da próstata”, elenca Kelson. “Se necessário, uma biópsia prostática pode ser realizada para confirmar o diagnóstico”, complementa.
O tratamento varia de acordo com o estágio da doença e a saúde geral do paciente. “As opções incluem cirurgia prostática, radioterapia e terapias medicamentosas”, cita. “A escolha do tratamento deve ser discutida com um médico especialista, que levará em consideração as melhores práticas e as preferências do paciente”, reforça.
A detecção precoce e o tratamento adequado aumentam as chances de cura. “É essencial que homens, especialmente aqueles em grupos de risco, realizem exames regulares e consultem um urologista para garantir a saúde da próstata”, conclui.
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ROGERIO TADEU RUEDA JUNIOR
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