As novas tarifas de Trump afetarão sua rotina de um jeito poderoso, especialmente a sua geladeira; entenda como.
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O “míssil” de Trump tem como alvo a geladeira da sua casa

Nós acompanhamos as notícias de política internacional e, na maioria das vezes, as decisões tomadas em Washington parecem pertencer a um universo distante. Disputas comerciais, sanções e tarifas são termos que habitam o noticiário, mas que raramente parecem ter a ver com o nosso boleto no final do mês.

Mas essa percepção está prestes a mudar de forma drástica. Uma nova rodada de tarifas protecionistas, anunciada pelo governo de Donald Trump e mirando diretamente os produtos brasileiros, não é apenas uma manobra política.

um “míssil” econômico que foi lançado, e sua onda de choque está viajando em alta velocidade em direção ao Brasil.

O que os especialistas em economia e agronegócio alertam, no entanto, é que o alvo final deste míssil não é o governo ou uma grande corporação. O alvo é um dos lugares mais sagrados e essenciais para a nossa família: a geladeira e a despensa da sua casa.

A anatomia do ataque: o que são e a quem afetam as ‘tarifas’?

De forma simples, uma tarifa é um imposto de importação que o governo americano passa a cobrar sobre os produtos que vêm do Brasil. Isso torna nosso produto mais caro e menos competitivo no mercado deles. Os primeiros alvos deste ataque já foram definidos.

Segundo os dados mais recentes, a ameaça imediata paira sobre:

  • Carne Bovina: Um volume de R$ 890 milhões em exportações está em risco.
  • Outros Produtos: Mais de 2 mil contêineres de itens como frutas, pescados e madeira também estão na mira.

Para as empresas brasileiras desses setores, que têm os Estados Unidos como um de seus maiores clientes, o impacto é direto e brutal: ou elas vendem menos, ou são forçadas a baixar drasticamente seus lucros para competir.

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O efeito dominó: da fazenda para a sua mesa (e seu emprego)

É aqui que a onda de choque começa a se espalhar e chega até você. Um dos setores mais poderosos da economia brasileira, o agronegócio, sendo atingido, gera um efeito dominó que afeta todo o país.

  • O Risco do Desemprego: Com a queda nas exportações, empresas do setor (frigoríficos, fazendas, madeireiras) faturam menos, investem menos e, inevitavelmente, são forçadas a demitir funcionários.
  • A Falsa Ilusão da Carne Barata: Muitos podem pensar: “se o Brasil não conseguir exportar a carne, ela vai sobrar aqui e o preço vai cair!”. Sim, isso pode acontecer. Podemos ter uma queda temporária no preço de cortes nobres. Mas isso não é uma boa notícia; é o sintoma de uma economia doente, um sinal de que os produtores estão desesperados para vender um produto que ficou “encalhado”.
  • O Impacto Real no seu Bolso: A consequência mais grave e duradoura é outra. Menos exportação significa menos dólares entrando no Brasil. Com menos dólares em circulação, o valor do real enfraquece. E com o real mais fraco, a inflação sobe, pois produtos importados, como eletrônicos e peças de carro, e insumos para a nossa própria indústria, como fertilizantes, ficam mais caros.

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A guerra de volta: e se o Brasil revidar?

Guerras comerciais raramente têm um lado só. É muito provável que o Brasil responda na mesma moeda, aplicando suas próprias tarifas sobre produtos americanos. Se isso acontecer, itens que amamos e consumimos, como iPhones, computadores, videogames e até certas marcas de roupas e alimentos, podem ficar significativamente mais caros para o consumidor brasileiro.

O míssil lançado por Trump, portanto, não tem um único alvo. Ele é o primeiro disparo em uma batalha que não produz vencedores. É um conflito que abala a economia global e que, no final das contas, explode onde mais dói: no nosso poder de compra e na segurança do nosso emprego.

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