Algumas arquitetas estão se destacando no Brasil e fazendo toda a diferença no design das construções e decoração das casas nestee país; veja quem são.

Você precisa conhecer as arquitetas que estão mudando o Brasil

Pense rápido e nomeie cinco grandes arquitetos brasileiros. Nomes como Oscar Niemeyer, Lúcio Costa e Vilanova Artigas provavelmente surgem em sua mente quase que instantaneamente. Por décadas, a imagem da arquitetura nacional foi forjada por um panteão de gênios, em sua esmagadora maioria, homens.

Mas o que a história registrada nos livros muitas vezes não te contou é que, enquanto esses nomes eram celebrados, uma revolução silenciosa estava em curso. E hoje, essa revolução se tornou a força dominante. Um dado do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/BR) revela uma verdade chocante: atualmente, 64% de todos os profissionais de arquitetura e urbanismo no Brasil são mulheres.

Elas não são uma minoria em ascensão; elas são a maioria absoluta, um verdadeiro império que, apesar de ainda lutar contra salários desiguais e preconceito, está ativamente redesenhando não apenas nossos prédios e casas, mas o próprio futuro do país. E hoje, 31 de julho, no Dia Nacional da Mulher Arquiteta e Urbanista, celebramos as titãs deste império secreto.

A linha de frente: as titãs que estão no comando

Este império não é anônimo. Ele é liderado por mulheres que estão rompendo barreiras, ganhando o mundo e trazendo novas perspectivas para o centro do debate.

  • A Conquista Histórica (Gabriela de Matos): Em 2023, ela entrou para a história como curadora do Pavilhão do Brasil na Bienal de Veneza, que conquistou o inédito Leão de Ouro, o prêmio máximo do evento. Seu trabalho resgatou as origens da arquitetura brasileira em saberes indígenas e africanos.
  • A Voz da Mídia (Stephanie Ribeiro): No comando do popular programa “Decora”, no GNT, Stephanie leva a discussão sobre design, raça e gênero para milhões de lares, provando que arquitetura é, acima de tudo, política e social.
  • A Consciência Urbana (Joice Berth): Como arquiteta e psicanalista, Joice investiga o direito à cidade e como os espaços urbanos afetam a vida, especialmente de mulheres e da população negra, tornando-se uma voz fundamental no urbanismo moderno.
  • A Vanguarda Global (Carla Juaçaba): Com projetos premiados e lecionando em prestigiadas universidades europeias, Carla é um exemplo da força e da originalidade da arquitetura brasileira no cenário mundial.

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Mais que concreto: um novo jeito de pensar a arquitetura

A revolução liderada por essas mulheres vai muito além de uma simples troca de gênero no comando dos escritórios. Ela propõe uma nova forma de enxergar e criar os espaços.

  • A Arquitetura do Afeto: Um foco em projetar “de dentro para fora”, priorizando a sensibilidade, o conforto e a experiência humana de quem vai habitar o espaço.
  • A Força do Coletivo: Uma abordagem que valoriza a escuta e a colaboração, criando projetos com as pessoas, e não apenas para elas.
  • O Resgate da História: Um compromisso em revisar o passado, trazendo à luz as contribuições de mulheres e outras minorias que foram historicamente apagadas dos livros de história da arquitetura.

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O futuro é delas: os desafios e a transformação

Apesar de serem 64% do mercado, as mulheres na arquitetura ainda enfrentam uma batalha diária contra a desigualdade salarial e o preconceito de gênero e raça. Muitas vezes, precisam provar sua competência em um ambiente de obras ainda muito masculino.

Mas a mudança é irreversível. A força deste “império secreto” está se tornando cada vez mais visível e vocal. Elas não estão apenas ocupando um espaço que por muito tempo lhes foi negado; elas estão usando esse espaço para construir um Brasil mais justo, mais bonito e mais humano, um projeto de cada vez.

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