Sua obra fica muito mais cara se você cometer erros básicos, mas muito comuns e que devem ser evitados.

8 passos a não seguir em sua obra, pois vai deixá-la mais cara

A decisão está tomada. Depois de meses sonhando e planejando, a reforma da sua casa finalmente vai sair do papel. A empolgação é contagiante, as ideias borbulham e a visão do ambiente transformado parece mais próxima do que nunca. Você define um orçamento, contrata a equipe e dá a luz verde para o quebra-quebra começar.

É nesse exato momento de otimismo que um vírus silencioso pode infectar a sua obra. Ele não tem cheiro, não faz barulho, mas seus sintomas são devastadores: prazos que se esticam indefinidamente, materiais que acabam antes da hora e, o pior de todos, um orçamento que começa a ser devorado por gastos misteriosos.

O que engenheiros e arquitetos sabem é que a maioria das obras que estouram o orçamento não são vítimas do azar, mas sim de um “vírus” de gestão, uma série de erros fatais que, uma vez instalados, se espalham e comprometem todo o projeto.

Prepare-se para conhecer as cepas mais perigosas deste vírus e, mais importante, a vacina para imunizar o seu sonho.

A cepa principal do vírus: a ‘doença da mudança’

O sintoma mais claro de que sua obra foi infectada, e a causa número um de orçamentos destruídos, é a mudança de planos no meio do caminho.

É quando surge a frase mais cara de qualquer reforma: “Já que estamos com a mão na massa, por que não…”.

  • O Custo do Retrabalho: Mudar uma parede de lugar depois que ela já foi levantada, trocar o modelo do revestimento depois que ele já foi comprado ou decidir instalar um novo ponto de tomada depois que a parede já foi fechada não custa apenas o preço do novo item. Custa o preço de demolir, refazer, comprar mais material e, principalmente, pagar novamente a mão de obra pelo tempo “perdido”. O retrabalho é o principal agente que devora seu dinheiro.

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Os vetores da infecção: o ‘barato que sai caro’ e a falta de mapa

O vírus da mudança não age sozinho. Ele precisa de vetores para se espalhar e infectar sua obra. Os dois mais comuns são:

  1. A Falta de Projeto (O Mapa): Começar uma obra sem um projeto detalhado de um arquiteto ou engenheiro é como tentar navegar em alto mar sem um mapa. Cada decisão é tomada no improviso, cada medida é tirada na hora. Essa falta de planejamento é um convite para o caos, para erros de execução, para a compra de materiais errados e para as mudanças de última hora que encarecem tudo.
  2. A Mão de Obra Desqualificada (O Contágio): A tentação de economizar contratando o profissional mais “barato” é o principal vetor de contágio do vírus. Uma mão de obra sem qualificação técnica resulta em serviços mal executados, que precisarão ser refeitos (muitas vezes por outro profissional, mais caro), desperdício de material e, em casos graves, problemas de segurança que podem comprometer a estrutura da sua casa.

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A vacina: como imunizar sua obra contra o caos financeiro

Felizmente, existe uma “vacina” eficaz, um protocolo de imunização que pode proteger sua obra e seu bolso. A aplicação é feita antes do primeiro dia de trabalho.

O Protocolo de Imunização:

  • Dose 1 (O Projeto Detalhado): Antes de tudo, invista em um bom projeto. É no papel, junto com o arquiteto ou engenheiro, o momento de testar ideias, mudar de opinião e tirar todas as dúvidas. Um projeto bem-feito é a vacina mais poderosa contra o retrabalho.
  • Dose 2 (A Escolha Criteriosa): Pesquise e peça, no mínimo, três orçamentos detalhados de profissionais ou empresas com boas referências. Verifique trabalhos anteriores e converse com antigos clientes.
  • A Dose de Reforço (A Reserva de Emergência): Esta é a regra de ouro que salva qualquer projeto. Tenha sempre uma reserva de emergência de 15% a 20% do valor total da obra. Imprevistos, como um cano não documentado na parede, vão acontecer. Estar preparado para eles é o que diferencia uma obra bem-sucedida de uma crise financeira.

Uma reforma não precisa ser uma doença. Com o protocolo de imunização correto, você garante que sua obra seja a cura que seu lar precisa, e não um vírus que ataca a sua saúde financeira.

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